quinta-feira, 7 de dezembro de 2017

2018 comemora os 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos

No próximo dia 10 de dezembro a Declaração Universal dos Direitos Humanos cumpre 69 anos de vida, dia em que se iniciam as comemorações dos 70 anos deste documento histórico, que se prolongarão ao longo de todo o próximo ano.   

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada pela Assembleia Geral da ONU a 10 de dezembro de 1948, resulta do trauma causado pela Segunda Guerra Mundial. Com o fim do conflito e a criação das Nações Unidas, a comunidade internacional comprometeu-se em impedir que tais atrocidades voltassem a ter lugar. Por isso, os líderes mundiais decidiram complementar a Carta das Nações Unidas com um guião que garantisse os direitos fundamentais de cada indivíduo em qualquer parte do Mundo: a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Para tal, foi criada uma Comissão de Direitos Humanos, composta por 18 membros de diferentes contextos políticos, culturais e religiosos. Eleanor Roosevelt, viúva do presidente americano Franklin D. Roosevelt, presidiu a esta Comissão que contava ainda com a participação de René Cassin de França, que compôs o primeiro rascunho da Declaração, o Comissário Charles Malik do Líbano, o Vice-Presidente Peng Chung Chang da China e John Humphrey do Canadá, Diretor da Divisão de Direitos Humanos da ONU, que preparou o plano da Declaração. Eleanor Roosevelt é ainda hoje reconhecida como a grande impulsionadora desta Declaração.
O primeiro rascunho da Declaração foi proposto em setembro de 1948, com mais de 50 Estados membros participantes na elaboração da versão final. A Assembleia Geral, reunida em Paris, adotou a Declaração Universal dos Direitos Humanos, com oito nações absolvendo-se da votação, mas nenhuma dissidente.

O texto da UDHR foi acordado em menos de dois anos, numa altura em que o mundo se dividia em dois blocos: oriental e ocidental, o que dificultou ainda conseguir um compromisso sobre a essência do documento. Hoje esta declaração histórica é o documento mais traduzido do mundo, estando disponível em mais de 370 línguas e dialetos.

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Yeah! Ready, steady, go…

Primeiro encontro - Hamburgo


No âmbito das atividades do projeto Erasmus+ do AESA, um grupo de 8 alunos, 2 professoras, acompanhado pela Diretora do Agrupamento deslocou-se a Hamburgo, Alemanha, entre 19 a 25 de novembro.
      A equipa do AESA colaborou ativamente nas atividades desenvolvidas: apresentação dos resultados dos trabalhos efetuados até aí; seleção do logótipo do projeto; visita à empresa local de distribuição de energia elétrica; entrevistas…
   Foi uma semana cheia de novidades, novos sabores, algum frio e chuva.
   Os nossos alunos, todos do 11º ano, foram recebidos no aeroporto de forma calorosa pelas famílias que os acolheram durante este período.
   Ao longo da semana, o Inglês foi a Língua que dominou na sala de trabalho da escola alemã, no entanto, no primeiro dia, tivemos direito a uma pequena aula de alemão.
   Hamburgo é a metrópole do norte da Alemanha. A segunda maior cidade da Alemanha é o lar de um dos portos europeus mais movimentados e tem mantido relações comerciais com países de todo o mundo
   A Cidade Livre e Hanseática de Hamburgo é um dos 16 estados federais da Alemanha
Mais de 5 milhões de pessoas vivem na região metropolitana de Hamburgo. A própria cidade possui aproximadamente 1,8 milhão de habitantes.
   Além do rio Elba que liga o porto ao Mar do Norte, os Lagos Alster são um dos sítios prediletos para a prática 
de desportos aquáticos e suas áreas verdes oferecem possibilidades bem-vindas para caminhar e relaxar. 

   Com uma mistura de arquitetura histórica e moderna, Hamburgo é uma das cidades mais charmosas da 
Alemanha. Mais de seis milhões de visitantes por ano fazem de Hamburgo um dos destinos de viagem mais 
populares da Alemanha e o AESA esteve lá bem representado.


quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Multilinguismo no Parlamento Europeu

No Parlamento Europeu, todas as línguas oficiais são igualmente importantes: todos os documentos parlamentares são publicados em todas as línguas oficiais da União Europeia (UE) e todos os deputados do Parlamento Europeu têm o direito de se expressar na língua oficial da sua escolha. Assim se garante também que todos podem acompanhar o trabalho do Parlamento e ter acesso ao mesmo.

A União Europeia considerou sempre a sua grande diversidade de culturas e línguas como uma riqueza. Profundamente enraizado nos Tratados europeus, o multilinguismo é o reflexo desta diversidade cultural e linguística. Torna também as instituições europeias mais acessíveis e transparentes para todos os cidadãos da União, aspeto que é fundamental para o sucesso do sistema democrático da UE.
O Parlamento Europeu difere das restantes instituições da UE no que toca à sua obrigação de assegurar o mais elevado nível possível de multilinguismo. Todos os cidadãos europeus têm o direito de se apresentarem como candidatos às eleições para o Parlamento Europeu. Não seria razoável exigir que os deputados ao Parlamento Europeu tivessem o domínio perfeito de uma das línguas utilizadas com mais frequência, como o francês ou o inglês. O direito, que assiste a qualquer deputado, de ler e redigir os documentos parlamentares, de seguir os debates e de exprimir-se na sua própria língua está expressamente consagrado no Regimento do Parlamento Europeu. Todos os cidadãos da UE devem poder ler a legislação que lhes diz respeito na língua do seu próprio país. Na qualidade de colegislador, o Parlamento Europeu tem também o dever de assegurar a qualidade linguística irrepreensível, em todas as línguas oficiais, de toda a legislação que adota.

                VER:

Línguas utilizadas no Parlamento Europeu      

Percorreu-se um longo caminho desde o final da década de 1950, quando se falavam apenas quatro línguas nas instituições das Comunidades Europeias! Atualmente, no Parlamento Europeu, são utilizadas nada menos do que 24 línguas oficiais, o que constitui um verdadeiro desafio linguístico. Cada vez que novos Estados-Membros aderem à UE, as suas línguas são adicionadas ao conjunto de línguas oficiais.

Língua oficial da UE desde…
·         Alemão, francês, italiano, neerlandês - 1958
·         Dinamarquês, inglês - 1973
·         Grego - 1981
·         Espanhol, português - 1986
·         Finlandês, sueco - 1995
·         Checo, eslovaco, esloveno, estónio, húngaro, letão, lituano, maltês, polaco - 2004
·         Búlgaro, irlandês, romeno - 2007
·         Croata - 2013



As línguas oficiais da UE são definidas num regulamento, que é alterado após cada adesão de forma a serem adicionadas as novas línguas oficiais. Todas as línguas oficiais têm um estatuto igual. Com 24 línguas oficiais, existem mais de 552 combinações linguísticas possíveis, uma vez que cada língua pode ser traduzida para as outras 23 línguas. Para fazer face a este desafio, o Parlamento Europeu criou serviços altamente eficientes em matéria de interpretação, tradução e verificação dos textos jurídicos. São aplicadas regras muito rigorosas para assegurar que estes serviços funcionem bem e que os custos sejam mantidos a níveis razoáveis.
VER:

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Assistente de Francês (1ºano) em entrevista


Fale de si por favor (nome, idade, nacionalidade, hobby)
Chamo-me Chloé, sou francesa e tenho 21 anos. Sou licenciada em Língua Estrangeiras Aplicadas ao comércio internacional e ao negócio - Inglês e Português -; quis aperfeiçoar as minhas competências linguísticas em português antes de começar o meu mestrado e a minha entrada na vida ativa. É por isso que participei, no ano letivo passado, no programa de intercâmbio de assistentes de língua em Portugal.
Fomos 14 assistentes franceses em Portugal e houve também 14 assistentes portugueses em França no mesmo ano. Ajudei os professores de francês na ESPAM. Foi intenso, mas interessante, porque tive de ser criativa e tomar iniciativas de modo a propor atividades adequadas ao nível escolar dos alunos. Nas turmas, tive prazer em ensinar a minha cultura e descobri uma paixão pelo ensino. Aos fins de semana, aproveitei para descobrir a capital e outras regiões do país.
Dum ponto de vista pessoal, este programa foi perfeito, porque me permitiu viajar para o estrangeiro, ensinar a minha língua e conhecer uma outra cultura. Como primeira experiência profissional, não pôde ser melhor! Vivi durante estes 9 meses uma experiência profissional e humana muito enriquecedora.
Gostou da sua estadia em Portugal? O que pensa de povo português? Leva boas recordações deste pequeno país?
Gostei muito deste ano passado em Portugal. Permitiu-me saber que queria realmente ser professora e confirmou-me o meu amor pela língua e pela cultura portuguesas. Encontrei um povo muito acolhedor, generoso e extremamente simpático.
No que diz respeito à minha vida pessoal, foi a primeira vez que estive longe da minha família durante tanto tempo. Permitiu-me crescer imenso e deu-me ainda mais gosto pela viagem! Estava como em casa em Portugal.
O que mais gostou em Portugal?
Há imensas coisas de que gostei em Portugal. Os encontros que fiz fazem parte disso. Encontrei amigos formidáveis, colegas à escuta e alunos extremamente adoráveis. Gostei também da comida portuguesa, nomeadamente os pratos à base de bacalhau… uma delícia!! Sendo Portugal um pequeno país, tive a sorte de viajar muito durante estes 9 meses. Do Alentejo ao Algarve, passando pela Beira Interior e pela região Centro, fiquei maravilhada em cada um destes lugares. O lugar que me encantou mais foi Sintra com os seus palácios extravagantes. Conheço agora mais Portugal do que o meu próprio país…
O que menos gostou/não gostou em Portugal?
Só há uma coisa de que gostei menos: o custo da vida. É muito elevado (como em França).

Que diferenças encontrou entre o sistema de ensino português e o francês?
A maior diferença que encontrei entre o sistema escolar português e francês são as férias. Se calhar em França temos demasiadas férias (ou deveria dizer «muitas», porque nunca temos demasiadas férias), mas os alunos portugueses não têm dias suficientes. Reparei nisso em dezembro, quando os alunos começaram a estar mais agitados, nervosos e desconcentrados por causa da fadiga. Caso contrário, não vi outras grandes diferenças. Os programas escolares são também demasiado importantes, as turmas são demasiadas numerosas para poder ter uma ajuda personalizada ao aluno, os professores estão sobrecarregados…
Que mudaria nas aulas, tendo em conta o sistema francês?
Eu não deixaria de ter aulas de língua estrangeira no 12° ano, acho pena parar um ano antes do fim do ensino secundário. Os tempos de 45 minutos não são suficientes (mesmo que os alunos os apreciem…). Os tempos de uma hora parecem ser uma boa solução para fazer mais coisas.
Foi bem recebida quando chegou a Portugal?
Fui extremamente bem recebida quando cheguei em Portugal. A minha professora-tutora, a professora Teresa Faia, ajudou-me em todas as diligências administrativas que tive de tratar para estar em ordem em Portugal. Ajudou-me também a encontrar um alojamento em Santo André na casa duma colega da escola aonde passei excelentes momentos. E nas turmas, os alunos integraram-me muito bem. Cantaram-me canções de acolhimento e perguntaram-me muitas coisas sobre a minha vida e o meu país.
Voltaria a Portugal?
No presente ano letivo iniciei um mestrado para tornar-me professora de Francês Língua Estrangeira e precisarei de fazer um estágio profissional em França ou no estrangeiro. Portanto, vou fazer tudo o que puder para encontrar um em Portugal.

Além disso, quando entrar na vida ativa, daqui dois anos, vou igualmente tentar encontrar um emprego no Brasil ou em Lisboa (é uma cidade que adoro e vejo-me a morar lá). Até lá, voltaria sem dúvida em férias para cumprimentar os meus antigos colegas e alunos.

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

O que é isso do Património?


O objetivo do Ano Europeu do Património Cultural 2018 é sensibilizar para a história e para os valores europeus e reforçar o sentimento de identidade europeia — uma realidade aberta e multifacetada.

Estamos a falar dos nossos monumentos, dos sítios, dos objetos com valor histórico, dos museus, bibliotecas e arquivos, das tradições, das referências linguísticas.

Ter memória é respeitarmo-nos, é estudar a História e conhecer as raízes. Mas trata-se ainda de promover a diversidade cultural, o diálogo entre culturas, de realçar o contributo económico do património  cultural para os diversos setores e de salientar  o papel do património cultural nas relações internacionais (prevenção de conflitos, reconciliação, recuperação de património destruído...).

Mas o património cultural não se refere apenas ao passado, e sim à permanência de valores comuns, à salvaguarda das diferenças, ao respeito do que é próprio, do que se refere aos outros e do que é herança comum.

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

De regresso ao trabalho


Por proposta da Comissão Europeia, o Parlamento Europeu adotou a Decisão que estabelece 2018 como o Ano Europeu do Património Cultural (AEPC 2018). O AEPC 2018 é enquadrado pelos grandes objetivos da promoção da diversidade cultural, do diálogo intercultural e da coesão social, visando chamar a atenção para o papel do património no desenvolvimento social e económico e nas relações externas da União Europeia.

O AEPC 2018 será uma oportunidade importante para a realização de iniciativas em diferentes níveis – europeu, nacional, regional e local - envolvendo todas as entidades públicas e privadas que se queiram associar. A qualidade, a quantidade de parceiros envolvidos e a diversidade de iniciativas associadas ao AEPC 2018 contribuirão certamente

para dar uma nova visibilidade à Cultura e ao Património, e para os colocar num patamar distinto, reconhecendo a sua importância e o seu caráter transversal na sociedade.

Pretende-se:

·       contribuir para a promoção do papel do património cultural europeu enquanto elemento central da diversidade e do diálogo interculturais;

·       potenciar o contributo do património cultural europeu para a economia e para a sociedade, através do seu potencial direto e indireto;

·       contribuir para a promoção do património cultural como um elemento importante da dimensão internacional da União Europeia.

quarta-feira, 28 de junho de 2017

terça-feira, 13 de junho de 2017

TRABALHAR NA EUROPA

O Clube Europeu do Agrupamento de Escolas de Santo André – Santiago do Cacém – tem vindo a desenvolver, nos quatro últimos anos letivos, atividades no âmbito da cidadania europeia.
No planeamento para o presente ano letivo, encontra-se calendarizada uma atividade de esclarecimento / reflexão / divulgação / partilha de experiências subordinada ao tema «Trabalhar na Europa».

Contámos com a presença do Dr. João Madeira que nos apresentou a Europa nos dias de hoje tendo por base uma perspetiva evolutiva e que nos deixou algumas questões pertinentes: que Europa se perspetiva para o futuro? Como manter vivos os valores europeus?

Também esteve presente a Dra. Sofia Lampreia, em representação do Centro Europe Direct Alentejo Litoral/Adral. Presenteou-nos com a sua simpatia e deu-nos a conhecer diversas formas de contribuirmos para a manutenção/conquista de valores como os de solidariedade, liberdade, igualdade...

Excelente forma de encerrarmos as atividades deste ano letivo. 

Alguns ex-alunos da ESPAM contribuíram com os seus testemunhos que aqui vos deixamos:



quinta-feira, 1 de junho de 2017

Intercâmbio “Construção de Marcadores de livros”

No Clube Europeu, estamos a desenvolver uma atividade alusiva aos valores europeus intitulada “construção de marcadores de livros”. Consideramos importante a participação de clubes europeus de outras escolas, uma forma simples, divertida e de partilha que proporcionará uma maior visibilidade ao trabalho que os alunos desenvolverem. Lançamos este desafio e apresentamos a nossa proposta: 1. Criação de 5 marcadores por escola, um marcador/um valor, respetivamente: Justiça, Cidadania, Solidariedade, Igualdade, Liberdades e Dignidade, de acordo com a sensibilidade criatividade e imaginação de cada aluno participante, podendo até ser realizados com materiais reutilizáveis ou outros que julguem adequados. 2. A partilha de marcadores entre escolas que manifestem interesse na atividade e realização de uma exposição, em cada escola, (facultativo), com todos os marcadores partilhados. 3. As dimensões dos marcadores ficam ao critério de cada escola participante. 4.Para a devida identificação, sugerimos que devem conter, os logotipos da respetiva escola, do Clube, se existir, e da Rede Nacional de Clubes. Atividade promovida pelo Clube Europeu da Escola Miguel Torga, Casal de S. Brás, Amadora, no âmbito do Concurso dos Clubes Europeus 2016/17.
 

quinta-feira, 18 de maio de 2017

terça-feira, 9 de maio de 2017

Mala de Viagem - celebrando a Europa



Os direitos fundamentais foram inscritos como um dos objetivos da União Europeia pelo Tratado de Maastricht (1992).

   Estes “direitos fundamentais” são direitos civis, políticos, económicos e sociais reconhecidos a todas as pessoas sujeitas à jurisdição dos Estados Membros. Consciente do seu património espiritual e moral, a União baseia-se nos valores indivisíveis e universais da dignidade do ser humano, da liberdade, da igualdade e da solidariedade; assenta nos princípios da democracia e do Estado de direito. Ao instituir a cidadania da União e ao criar um espaço de liberdade, de segurança e de justiça, coloca o ser humano no cerne da sua ação.

   Todos os anos, no Dia da Europa, que se comemora a 9 de maio, festeja-se a paz e a unidade do continente europeu. Esta data assinala o aniversário da histórica «Declaração Schuman». Num discurso proferido em Paris, em 1950, Robert Schuman, o então Ministro dos Negócios Estrangeiros francês, expôs a sua visão de uma nova forma de cooperação política na Europa, que tornaria impensável a eclosão de uma guerra entre países europeus.

   Para comemorar o Dia da Europa, as instituições europeias abrem as portas ao público a 6 de maio em Bruxelas, a 13 e 14 de maio no Luxemburgo e a 14 de maio em Estrasburgo. As Representações da UE na Europa e as Delegações da UE no resto do mundo organizam diversas atividades e eventos para todas as idades.


Este ano desafiámos alunos, pais e professores a atravessar fronteiras e a divulgar a diversidade. Intitulámos esta iniciativa «Mala de Viagem». Bora lá?!

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Aventura na ilha de S. Miguel



Relato de viagem
Dia 7 de Abril embarcámos rumo à ilha de S. Miguel, nos Açores, numa viagem que ansiávamos há já algum tempo.
Infelizmente, tivemos um começo um pouco atribulado… Mas não foram essas adversidades, incluindo 8 horas de espera no aeroporto em Lisboa, que nos tirou o ânimo… Chegámos felizes a São Miguel, à “ilha verde”, numa tarde nublada.
A primeira atividade a que tivemos direito foi visitar a Poça da Dona Beija. Uma espécie de SPA natural, com uma série de tanques com água quentíssima, a cerca de 39º. Como tal, depois de umas horas bastante stressantes tivemos o prazer de relaxar um pouco…
No segundo dia, começou verdadeiramente a nossa aventura! A ilha de São Miguel é conhecida pelas suas emblemáticas lagoas e posso dizer que estas são realmente lindíssimas, capazes de ficar na lembrança de qualquer pessoa. A ilha está repleta de Miradouros donde podemos observar as lagoas. Nas partes mais altas conseguimos ver simultaneamente a costa norte e a costa sul da ilha e, claro, inúmeros rebanhos de vacas malhadas (uma curiosidade: na ilha de São Miguel, o número de vacas é o dobro da população).
Começámos por ir à Lagoa das Sete Cidades, mas no caminho passámos pelo Pico do Carvão, uma elevação com uma vista única.
Chegámos, enfim, à Lagoa das Sete Cidades, com as suas cores inigualáveis, os seus tons azuis e verdes. Conta a lenda que uma princesa e um pastor se apaixonaram; porém, pelo facto de pertencerem a estratos sociais diferentes, não puderam ficar juntos e, por isso, choraram imenso, tendo as lágrimas do pastor dado origem à Lagoa verde e as lágrimas da princesa à Lagoa Azul.
No entanto, o deslumbramento não ficou por aí. De seguida, vimos a Lagoa de Santiago, com o seu verde hipnotizante. Em toda a ilha, a natureza é capaz de tirar o fôlego a qualquer pessoa.
Depois de um almoço açoriano fomos visitar a Costa Norte, com uma vista deslumbrante e um azul intenso e brilhante.
Seguimos para a Caldeira Velha, onde pudemos vislumbrar cascatas naturais e  “piscinas naturais” com água quente, resultante do calor geotérmico.
Terminámos o dia na Lagoa do Fogo, escondida pelo nevoeiro misterioso…
Dia 9, continuámos a aventura, com mais um banho no parque Terra Nostra, conhecido não só pelas suas águas termais férreas, mas também pela sua vegetação exótica.
Sendo horas de almoço, fomos conhecer as Furnas com as suas sulfataras (fumarolas de enxofre), saboreando mais tarde o conhecido Cozido das Furnas. Este prato é cozinhado no interior da terra, onde as temperaturas são altíssimas, enrolado num saco de serrapilheira.
Depois de visitarmos o observatório microbiano, no âmbito da disciplina de Biologia, onde tivemos acesso a informações sobre a vida existente naquelas zonas, fomos ver a Lagoa das Furnas, em que o azul clarinho contrastava com a vegetação à sua volta, tornando-a uma imagem digna de um postal.
Fomos ainda à estufa dos ananases, outra atração indispensável a quem visita a ilha…
No último dia, tivemos a sorte de ver cetáceos, nomeadamente baleias e golfinhos, os quais observámos com muita curiosidade e interesse…
Dada por finalizada a visita, regressámos a Lisboa com uma mala cheia de recordações e desejosos de regressar um dia!